Como se fosse a terrível penumbra.

Começa pelo fato da ser apenas diferente, depois passa a ser meio importante e por fim vem a ser definitivamente ela mesma. Assim começou a confusa história de Lavínia, pessoa comum até então, mas foi arrebatada pela aura celestial de um prêmio da mega-sena, e assim, viu tudo mudar como num raio de luz, daqueles que atravessam as folhas no interior da mata densa. Lavínia parecia que fora mais uma de sorte que transformava a vida, porém, ela se via intimada a ser uma benfeitora, uma mulher quase santa e que, portanto, teria que ajudar todos ao seu redor. E pois-se a ser a melhor de todas as pessoas ajudando quem conhecia e quem não conhecia, passou a ser conhecida do Santa Lavínia de Mestrópolis. Depois disso tudo, dinheiro findo, e ela foi sendo esquecida aos poucos e nunca mais sendo vista até que, enfim, se viu sozinha. Mostrando a todos tudo que tinha feita e não sendo mais tratada como deveria, ou como merecia. Assim, mesmo assim, foi fazendo o que deveria ter feito desde o início, foi se reunindo com os poucos amigos que restavam e passou a viver a vida de modo mais simples, sem riquezas, aprendeu apenas que seria feliz do seu modo e que mesmo ajundando alguém , nunca mais teria que fazer nada, apenas ser o que era preciso nas horas certas e nunca mais se importara em ser alguém que tinha sido mandada ou que não parecia ser ela mesma. Tempos depois foi vista, feliz e sem mais devaneios, tida como louca foi acolhida pela única pessoa que não lhe faltara, ela mesma.

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Tradução (Thiago Falosi - 07/01/2012)